2 de out. de 2012

Pastores com casamento destruído


O pastor corre o grande risco de cuidar dos outros e descuidar do cônjuge. O pastor corre o grande risco de dar especial atenção a todos os que o procuram e não dar atenção especial à própria família. O pastor corre o risco de ser um marido ausente e insensível às necessidades emocionais da esposa.

Há muitos pastores que vivem de aparência. Pregam sobre casamento, mas estão com o matrimônio destruído. Aconselham casais em crise, mas não aplicam os mesmos princípios ao seu próprio relacionamento conjugal. Há pastores que pregam uma coisa e praticam outra. São amáveis com os outros e amargos com a esposa. São tolerantes com as ovelhas e implacáveis com os filhos. Há pastores que são anjos no púlpito e demônios dentro do lar.

Esse abismo entre o púlpito e o lar descredencia o ministro, desqualifica o Ministério e tira o pastor a unção para exercer com fidelidade e eficácia seu pastorado. Se o pastor não é bênção dentro de casa, será um fracasso em público.

O primeiro e mais importante rebanho de um pastor é sua própria família. Nenhum sucesso no Ministério compensa o fracasso familiar. A família do pastor é a sustentação do seu Ministério. A palavra de Deus diz que aquele que não sabe governar a sua própria casa não está apto a governar a Igreja de Deus (1 Tm 3:5). Noé foi o maior evangelista de todos os tempos, pois embora não tenha conseguido levar ninguém para a arca, levou com ele toda a sua família. Há muitos pregadores que são instrumentos para levar muita gente à salvação, mas perdem a sua própria família. O sacerdote Eli foi reprovado por amar mais a seus filhos do que a Deus. Mesmo assim, dedicou tempo aos outros, mas não cuidou dos próprios filhos (1 Sm 2:12-17, 22-36). O pastor vive constantemente sob a tensão das coisas urgentes e importantes. Ele, de forma constante, é solicitado para atender o urgente e, às vezes, sacrifica no altar do urgente o que é verdadeiramente importante. Cuidar da família é algo importante. Cuidar dos filhos é tarefa importante. Muitas vezes, o pastor corre atrás das coisas urgentes e esquece-se de cuidar da sua própria casa.

Há muitos pastores com a família arrebentada emocionalmente. São delicados com as ovelhas e insensíveis com a família. São amáveis no púlpito e rudes dentro de casa. São ternos com os filhos dos outros e ferinos com seus próprios filhos. Há muitos filhos de pastor amargurados e até revoltados pela maneira como são tratados pelos pais. Eles nunca têm tempo. Estão sempre acudindo os outros, ouvindo os outros e assistindo os outros, mas nunca dedicam tempo para conversar com os próprios filhos. Há muitas mulheres casadas com pastores que vivem em uma imensa solidão, e há muitos filhos de pastor que são órfãos de pais vivos.

Os pastores precisam resgatar, urgentemente, a prioridade de cuidar da família. A Igreja é uma bênção e precisamos aprender a amá-la e cuidar dela como a menina dos olhos de Deus, mas não podemos fazer isso em detrimento da própria família. O melhor caminho é que toda família ame o Ministério e trabalhe unida e coesa no sentido de apoiar o Ministério Pastoral. Quando a família do pastor vê a Igreja como rival, isso traz grandes transtornos para o pastor e também para a Igreja.

Solus Christus.
Extraído do livro: “De: Pastor A: Pastor” - Rev. Hernandes Dias Lopes - Ed.Voxliteris - Resumo e adaptação: Rev. Ronaldo P. Mendes.

Para que Cristo afinal?


Levi Bronzeado
Bem, não sei se foi sonho, visão, ou se foi fruto de minha imaginação. Mas que eu vi, vi. Vi um membro da igreja “O Céu Aqui e Agora” com uma Bíblia em suas mãos. Notei que o Livro Sagrado que ele carregava, tinha volume muito reduzido. Chegando mais para perto dele, pude observar que a sua Bíblia não continha o Novo Testamento.

Fiquei muito curioso, e resolvi abordar o portador do referido livro:


─ Moço! Sua bíblia está faltando a parte principal. A parte que fala da história de Cristo.


Fiquei pasmo e estático com o sermão que ele me pregou como resposta, o qual, passo a relatar aqui na íntegra:


● Se em minha igreja, através de sacrifícios, eu me relaciono diretamente com Deus ─, para que Cristo afinal?


● Se eu tenho o “Manto Sagrado da Prosperidade” para tocar, e tal qual uma vara de condão, adquirir tudo de “bom” que existe na terra, além de transformar o meu saldo bancário de devedor em credor ─, para que Cristo afinal?


● Se eu tenho comigo o exército dos “Trezentos e dezoito”, que pelejam por mim ─, para que Cristo afinal?


● Se eu tenho a “Escada do Sucesso” para escalar e alcançar os píncaros da prosperidade financeira ─, para que Cristo afinal?


● Se eu tenho o “cajado de Moisés” para me fazer atravessar os “mares vermelhos” da vida ─, para que Cristo afinal?


● Se eu tenho a “água do Rio Jordão” para curar sarnas, lepras, psoríases e outras dermatoses de origem demoníaca ─, para que Cristo afinal?


● Se eu tenho o “Óleo do Jardim das Oliveiras” para curar as minhas cefaléias e depressões ─, para que Cristo afinal?


● Se eu tenho a “Rosa Ungida” para me trazer a paz de espírito ─, para que Cristo afinal?


●.Se eu tenho a água do “Mar da Galiléia” para usar como colírio, a fim de tirar a concupiscência dos olhos ─, para que Cristo afinal?


● Se eu tenho semanalmente a “Sessão do Descarrego”, que me limpa de todo o pecado ─, para que Cristo afinal?


● Se eu tenho, com uma simples contribuição monetária - o direito de participar da “Fogueira Santa de Israel” e receber instantaneamente tudo que almejar ─, para que Cristo afinal?


●.Se eu tenho a qualquer hora, quem tire os meus “encostos” que atrapalham a minha vida familiar ─, para que Cristo afinal?


Depois de expor o seu rosário de práticas, evidenciando a desnecessidade de recorrer a Cristo, o moço desapareceu subitamente de minha visão. Fiquei então a matutar com os meus botões.


Foi a partir desse encontro emblemático, que eu pude entender a razão pela qual, na visão daquele jovem, tudo tinha que ser pago: “é que ele realmente não conhecia ainda as ‘Boas Novas’ do Evangelho, onde tudo é de graça, por graça e pela graça”.

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