21 de mai. de 2009

APESAR DA IGREJA


Li num blogue que um pretenso estudante de teologia que, apesar de se encontrar no último ano dos seus estudos, nunca frequentou nenhuma igreja local. Para mim isso é muito estranho. Já sofri alguns revés nas igrejas e até já deixei a minha congregação por algum tempo, mas mesmo nesses dias sempre acreditei que a vontade de Deus era estar congregado numa igreja local. Não concebo "vida cristã normal" separada da comunhão dos santos. A Bíblia liga Jesus à Igreja porque são um mistério indissociável: "Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela (...) grande é este mistério; digo-o, porém, a respeito de Cristo e da igreja." (Efésios 5:25;32).

Para que servirá o estudo de teologia se ela não se traduzir em amor fraterno, por Deus e pelo próximo? Longe vão os tempos em que a maior alegria de um nascido de novo era congregar-se numa igreja, ser batizado, sujeitar-se a uma liderança, crescer e servir a Deus, dentro e fora da igreja local. Haverá com certeza muitas queixas e razões contra certos líderes e contra alguns modelos de ser e fazer igreja, mas isso não invalida que a Igreja continue a ser a expressão prática do reino de Deus na terra. Continuo a achar que a igreja, na sua expressão local e na sua multiplicidade de erros, contradições, amores e desamores é o meio privilegiado, que Deus escolheu, para o nosso crescimento espiritual. Continuo a crer que Cristo está a preparar e a santificar a "igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível" para a apresentar a si mesmo. Continuo a crer na Igreja, apesar da igreja.


"Consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras, não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns; antes, admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais quanto vedes que se vai aproximando aquele Dia." (Hebreus 12:24-25)

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